
Há duas semanas, o ombudsman da Folha de S. Paulo, Carlos Eduardo Lins da Silva, usou sua função de crítico para elogiar e enfatizar as ações do impresso em priorizar o jornalismo ambiental. Também neste mês, a revista Veja produziu uma edição especial de 84 páginas dedicadas à Amazônia. É curioso, no entanto, a “coincidência” da cobertura jornalística às questões ambientais na mídia e a proximidade com as eleições presidenciais de 2010, uma vez que a ambientalista Marina Silva é cotada à Presidência do Brasil, e com boas chances de expressiva votação, e mais curioso ainda é que os demais candidatos já incluíram em seus discursos questões relacionadas à preservação das matas.
A cobertura às questões ambientais, entretanto, constitui um grande desafio para o jornalismo pela complexidade científica, ideológica e política do tema, pois tratar da floresta inclui lidar com poderosos fazendeiros e grandes empresas. Na história de luta ao meio ambiente brasileiro há ícones de defensores como Chico Mendes e Dorothy Stain, os quais morreram enquanto lutavam pela floresta, talvez estas referências de idealistas da preservação assustem, mas como diria o velho dito popular, a união entre políticos engajados na questão, empresas, como é o caso dos supermercados Pão de Açúcar, Carrefour e Wal Mart que boicotam carnes oriundas da região amazônica e jornalistas conscientes e corajosos, a floresta não sairá de pauta e sobreviverá à destruição.
*para disciplina Jornalismo Impresso B 21/09/2009
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